Trimmm. O despertador toca. É dado início a uma série de atividades programadas, cansativas e estressantes. Todo dia é a mesma coisa, nada pode fugir do esperado. É a chamada rotina.
Não almoça, não descansa e nem dorme. Este não é um robô, este é o homem moderno, que vive à mercê do tempo e por isso cria uma rotina altamente exigente, que não lhe proporciona hora vaga nem para suprir suas necessidades básicas, como sentar para almoçar.
Tais hábitos implicam em uma série de males, como o tão falado estresse, já considerado a "doença da modernidade", que já atinge homens e mulheres, adultos e crianças. Segundo a psicóloga Bel César, o estresse é agravado por noites mal dormidas e não conclusão dos diversos conflitos da vida, exatamente o que representa o dia-a-dia do homem contemporâneo.
O estresse já dominou as pessoas, que vivem na corda bamba, fazendo malabarismos para conseguir dar contas de tudo que é jogado sobre seus ombros. Trabalhadores, estudantes, jovens e crianças às vezes parecem se dividir em 2 para atender tanta exigência imposta sobre eles.
Onde está o ser humano? Onde estão as sua vontades? Aparentemente foram tragadas pelos ponteiros de um cruel relogio que a vida moderna impõe. Somos verdadeiros escravos da hora, do relógio. Parecemos nunca concluir nossas obrigações, sempre temos mais algo a fazer. Parar parece ser proibido. O que somos? Somos apenas marionetes deste tempo cruel.
Mas, por que não temos direito a um tempo livre para nós? A antiga civilização grega deixou vário legados, que perduram até a atualidade, e as elites gregas valorizavam o ócio. Isto mostra que não está fazendo nada também é produtivo, afinal é nesse momento que paramos para refletir e até para conhecermos nós mesmo. De vez em quando é bom dá uma pausa para desfrutar do que a vida nos proporciona e até para descansar nosso corpo e mente, porque os robôs estão sendo criados, mas ainda não somos um.
texto:Isa Glins
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